quinta-feira

PIADAS DE ADVOGADO




Um pastor de ovelhas estava cuidando de seu rebanho, quando surgiu pelo inóspito caminho uma Pajero 4x4 toda equipada. Parou na frente do velhinho e desceu um cara de não mais que 30 anos, terno preto, camisa branca Hugo Boss, gravata italiana, sapatos bicolores moderníssimos, e disse:
— Senhor, se eu adivinhar quantas ovelhas o senhor tem, o senhor me dá uma?
Um tanto desconfiado, o velhinho concordou. Então o cara volta para a Pajero, pega um notebook, se conecta à internet pelo celular, baixa uma base de dados, entra no site da NASA, identifica a área do rebanho por satélite, calcula a média histórica do tamanho de uma ovelha daquela raça, baixa uma tabela do Excel com execução de macros personalizadas, e depois de três horas diz ao velho:
— O senhor tem 1.324 ovelhas, e quatro podem estar grávidas.
— O Sr. está certo . Pode levar a ovelha.
O cara pegou o bicho e levou-o para o carro. Quando estava saindo, o velho perguntou:
— Desculpe, mas se eu adivinhar sua profissão, o senhor me devolve a ovelha? Duvidando que acertasse, o cara concorda, e o velhinho foi taxativo:
— O senhor é advogado.
— Incrível! Como adivinhou?
— Quatro razões: primeiro, pela frescura; segundo, veio sem que eu o chamasse; terceiro, me cobrou para dizer algo que já sei. E quarto, nota-se que não entende nada do que está falando. Devolva já o meu cachorro!

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Um chefão da Máfia descobriu que o seu contador havia desviado dez milhões de dólares. Esse contador era surdo, por isto fora admitido, pois nada poderia ouvir para testemunhar em algum tribunal. Quando o chefão foi dar um arrocho no contador sobre os dez milhões, levou junto seu advogado, que sabia a linguagem de sinais dos surdos. O chefão perguntou ao contador:
— Onde estão os dez milhões que você levou?
O advogado, usando a linguagem dos sinais, perguntou ao contador onde estavam escondidos os dez milhões, e ele logo respondeu em sinais:
— Eu não sei de que vocês estão falando.
O advogado traduziu para o chefão:
— Ele disse não saber do que se trata.O mafioso então sacou a pistola 45 e encostou-a na testa do contador, gritando:
— Pergunte a ele de novo.O advogado sinalizou para o infeliz:
— Ele vai te matar, se não contares onde está o dinheiro.O contador sinalizou em resposta:
— OK, vocês venceram. O dinheiro está numa valise marrom de couro, enterrado no quintal da casa do meu primo Enzo, no bairro de Queens!
O mafioso perguntou ao advogado:
— O que ele disse?
— Disse que você não é macho o bastante para puxar o gatilho.

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Ao transitar pelos corredores do fórum, um desembargador foi chamado por um juiz ao seu gabinete, e ouviu o convite:
— Olha só que erro ortográfico grosseiro temos nesta petição.
Estampado logo na primeira linha do petitório, lia-se: Esselentíssimo juiz. Gargalhando, o magistrado perguntou:
— Por acaso esse advogado foi seu aluno na Faculdade?
— Foi sim. Mas onde está o erro ortográfico a que o Sr. se refere?
— Ora, meu caro, acaso você não sabe como se escreve a palavra excelentíssimo?
— Acredito que a expressão pode significar duas coisas diferentes. Se o colega desejava se referir à excelência dos seus serviços, o erro ortográfico efetivamente é grosseiro. Entretanto, se fazia alusão à morosidade da prestação jurisdicional, o equívoco reside apenas na junção inapropriada de duas palavras. O certo então seria dizer esse lentíssimo juiz.

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Um advogado americano de Charlotte comprou uma caixa de charutos muito raros e muito caros. Tão raros e caros, que colocou-os no seguro contra fogo, entre outras coisas. Depois de um mês, tendo fumado todos eles e ainda sem ter terminado de pagar o seguro, o advogado entrou com um registro de sinistro contra a companhia de seguros. Nesse registro, o advogado alegou que os charutos haviam sido perdidos em uma série de pequenos incêndios. A companhia de seguros recusou-se a pagar, citando o motivo óbvio: o homem havia consumido seus charutos da maneira usual.
O advogado processou a companhia... E ganhou! Ao proferir a sentença, o juiz concordou com a companhia de seguros, que a ação era frívola. Apesar disso, alegou que o advogado tinha posse de uma apólice da companhia, na qual ela garantia que os charutos eram seguráveis; e também que eles estavam segurados contra o fogo, sem definir o que seria fogo aceitável ou inaceitável. E concluía que ela estava obrigada a pagar o seguro.
Em vez de entrar no longo e custoso processo de apelação, a companhia aceitou a sentença e pagou 15.000 dólares ao advogado, pela perda de seus charutos raros nos incêndios.
Agora a melhor parte: Depois que o advogado embolsou o cheque, a companhia de seguros o denunciou, e fez com que ele fosse preso por 24 incêndios criminosos. Usando contra o advogado o seu próprio registro de sinistro, como também seu testemunho no processo anterior, ele foi condenado por incendiar intencionalmente propriedade segurada, e foi sentenciado a 24 meses de prisão, além de uma multa de 24.000 dólares.
Moral da história: Do outro lado também havia um advogado, melhor e mais esperto.
(História real, que ganhou o primeiro lugar no Criminal Lawyers Ward Contest)

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Um advogado foi surpreendido por uma blitz em alta velocidade. O guarda aproximou-se e disse:
— Por favor, posso ver sua habilitação.
— Não tenho, ela foi cassada na última blitz, por eu ter estourado os pontos permitidos.
— Você não tem habilitação? Então deixe-me ver o documento de propriedade do veículo.
— Não o tenho, porque o carro é roubado.
— Como?! O carro é roubado!?
— Aliás, pensando melhor, quando fui guardar a arma no porta-luvas, lembro-me de ter visto uma pasta, que talvez contenha os documentos do carro.
— Você tem uma arma no porta-luvas?
— Claro, meu amigo. Tive que matar a dona do carro e jogar o corpo no porta-malas. Afinal, se não houvesse violência, seria um furto, e não um roubo.
O guarda, desesperado, disse ao advogado:
— Aguarde um minuto, por favor.
Chamou o capitão pelo rádio, relatando todos os detalhes. O capitão enviou vários policiais em reforço ao local. Ao chegarem, cercaram o carro, e com suas armas em punho exigiram que ele descesse do carro. O capitão perguntou ao advogado:
— Posso ver sua habilitação?
— Claro, aqui está.
— O veículo é seu?
— Sim, Senhor. Aqui estão os documentos.
— Por gentileza, abra seu porta-luvas bem lentamente.
Todo solícito, o advogado abriu o porta-luvas, que estava vazio. O capitão pediu que ele abrisse o porta-malas do veículo, no que também foi prontamente atendido, e se averiguou também estar vazio. Indignado, o capitão disse ao advogado:
— Eu não entendo. O guarda que o abordou disse-me que o Sr. não tinha habilitação, que o carro era roubado, que o Sr. estava armado, e que havia um corpo no seu porta-malas...
— Olha que mentiroso!! Aposto que disse também que eu estava trafegando em excesso de velocidade!

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Suzane von Richthofen, consultando o advogado:
— Eu tenho alguma chance de ser absolvida?
— Só se for julgada pelo Congresso Nacional.

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O advogado, no leito da morte, pede uma Bíblia e começa a lê-la avidamente. Todos se surpreendem com a conversão daquele homem ateu, e uma pessoa pergunta o motivo. O advogado doente responde:
— Estou procurando alguma brecha na lei.

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Dois advogados saem do escritório cansados. Com a gravata semi-aberta e o cigarro no canto da boca, depois de um dia estafante de trabalho, um pergunta ao outro:
— Vamos tomar alguma coisa?
— Vamos! De quem?

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O sujeito pergunta a um advogado amigo:
— Quanto você cobra para me responder duas perguntas?
— Quinhentos reais! Qual é a segunda?

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Todo sorridente, o advogado recém-formado vai contar a novidade ao pai, advogado titular do escritório:
— Papai! Papai! Em apenas um dia, resolvi aquele processo em que você esteve trabalhando por dez anos!
O pai aplica um safanão na orelha do filho, e berra:
— Idiota! Imbecil! Debilóide! Esse processo é que nos sustentou nos últimos dez anos!

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Dois advogados, pai e filho, conversam:
— Papai, estou desesperado! Não sei o que fazer. Perdi aquela causa!
— Meu filho, não se preocupe. Advogado não perde causa. Quem perde é o cliente.

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Dois advogados, sócios em um escritório, saem juntos e vão almoçar. Já no meio da refeição, um reclama do outro:
— Puxa vida, esquecemos de trancar o escritório!
— Não se preocupe, estamos os dois aqui.

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O avião estava com problemas nos motores, e o piloto pediu às comissárias de bordo que preparassem os passageiros para uma aterrissagem forçada. Chamou depois uma atendente, para saber se tudo estava bem na cabine, e ela respondeu:
— Todos estão preparados, com cinto de segurança e na posição adequada, menos um advogado, que está entregando o seu cartão aos passageiros!

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Dois homens, caminhando por um cemitério, depararam com uma sepultura recente. Na lápide, lia-se: Aqui jaz um homem honesto e advogado competente. Ao terminar a leitura, um perguntou ao outro:
— Desde quando estão enterrando duas pessoas na mesma cova?

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Um camponês passa junto a uma lápide onde se lê: Aqui jaz um advogado, homem honrado, homem integro. O camponês exclama, assustado:
— Virgem Santíssima! Enterraram três homens na mesma campa!

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As três frases mais utilizadas por um advogado:
1.Você tem dinheiro?
2. Pode arrumar mais?
3. Você tem alguma coisa que possa vender?

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Qual a diferença entre juízes de primeira instância e os de segunda?
— Os primeiros pensam que são Deus. Os outros já têm certeza.

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Dois trabalhadores estavam caminhando pelo acostamento. Um advogado, que vinha a toda velocidade no seu carro importado, atropelou os dois. Um deles atravessou o pára-brisa e caiu dentro do carro do advogado, enquanto o outro voou bem longe, a uns dez metros do local do atropelamento. Três meses depois, eles saíram do hospital. Para surpresa geral, foram direto para a cadeia: Um, por invasão de domicílio; o outro, por se evadir do local do acidente.

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O fiscal grita ao advogado:
— Você é um ladrão!
O advogado replica:
— E você é um vendido!
E o juiz sentencia:
— Bem... Agora que as partes se identificaram corretamente, podemos prosseguir a audiência.

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Estava Moisés lendo a seu povo os Dez Mandamentos:
— Nono Mandamento: Não desejar a mulher do próximo.
De imediato se faz ouvir o protesto generalizado do povo. Moisés explica:
— Isto é o que diz a lei. Esperemos para ver o que diz a jurisprudência.

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Encontram-se dois amigos, e um diz ao outro:
— Separei-me da minha mulher.
— Não me diga! E como fizeram?
— Com um advogado. Ele ajudou-nos a fazer a repartição dos bens.
— E os teus filhos?
— Muito fácil. Decidimos que quem ficasse com mais dinheiro ficaria também com as crianças.
— E quem foi?
— O advogado.

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Advogado árabe
Uma instituição de caridade nunca tinha recebido uma doação de um dos advogados mais ricos da cidade, um árabe. O diretor da instituição decidiu falar pessoalmente com o advogado:
— Nossos registros mostram que o senhor ganha mais de R$ 3.000.000,00 por ano, e mesmo assim nunca fez uma doação para nossa caridade. O senhor gostaria de contribuir agora?
O advogado perguntou:
— A sua pesquisa apurou que minha mãe está muito doente, e que as contas médicas são muito superiores à renda anual da aposentadoria dela?
— Ah, não...
— Ou que meu irmão mais novo é cego e desempregado?
O diretor nem se atreveu a abrir a boca.
— Ou que o marido da minha irmã morreu num acidente, deixou-a sem um tostão e com cinco filhos menores para criar?
O diretor, já se sentindo humilhado, disse:
— Eu não tinha a menor idéia de tudo isso...
— E a sua pesquisa apurou que meu pai é diabético, cardiopata, e está na cadeira de rodas há mais de dez anos?
— Não, senhor...
— E foi verificado, por acaso, que eu tenho dois sobrinhos surdos-mudos?
Silêncio do diretor.
— Além de tudo isso, vocês já sabem que meu irmão mais velho pediu falência e perdeu todos os seus bens?
— Não, absolutamente não, senhor!
— Pois então, se eu não dou um tostão para eles, por que iria dar para vocês?

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Um respeitável professor de Direito dizia aos seus alunos:
— O mais importante, quando se é advogado, é saber que uns casos se ganham e outros se perdem, mas todos se cobram.

***

Num tribunal de uma pequena cidade, o advogado de acusação chamou a sua primeira testemunha, uma avó de idade avançada, e perguntou:
— D. Ermelinda, a senhora me conhece?
— Claro! Conheço-te desde pequenino. E francamente, desiludiste-me. Mentes descaradamente, enganas a tua mulher, manipulas as pessoas e falas mal delas pelas costas. Julgas que és uma grande personalidade, quando não tens sequer inteligência suficiente para ser varredor. É claro que te conheço.
O advogado ficou branco, sem saber o que fazer. Depois de pensar um pouco, apontou para o outro extremo da sala e perguntou:
— D. Ermelinda, conhece o promotor público?
— Claro que sim! Também o conheço desde a infância. É frouxo, tem problemas com a bebida, não consegue ter uma relação normal com ninguém. E na qualidade de advogado, bem... é um dos piores que já vi. Não me esqueço também de referir que engana a mulher com três mulheres diferentes, uma das quais, curiosamente, é a tua própria mulher. Sim, também o conheço. E muito bem.
O promotor ficou em estado de choque. Então o juiz pediu a ambos que se aproximassem do estrado, e em voz muito baixa exigiu:
— Se algum dos dois perguntar à velha se me conhece, juro que vão os dois presos.

***

A loira se formou advogada, mas está com uma porção de dúvidas. Resolveu enviar um questionário para a OAB:
1. Qual a capital do estado civil?
2. Dizer que gato preto dá azar é preconceito racial?
3. Pessoas de má fé são aquelas que não acreditam em Deus?
4. Quem é canhoto pode prestar vestibular para Direito?
5. Quantos quilos por dia emagrece um casal que optou pelo regime parcial?
6. Tem algum direito a mulher em trabalho de parto sem carteira assinada?
7. Seria patrocínio o assassinato de um patrão?
8. Cabe relaxamento de prisão nos casos de prisão de ventre?
9. A marcha processual tem câmbio manual ou automático?
10. Provocar o Judiciário é xingar o juiz?
11. Para tiro à queima-roupa é preciso que a vítima esteja vestida?

***

Na cidade havia um senhor cujo apelido era Cabeçudo. Nascera com uma cabeça grande, dessas cuja boina dá pra botar dentro, fácil, fácil, uma dúzia de laranjas. Mas, fora isso, era pacato, bonachão e paciente. Não gostava, é claro, de ser chamado de Cabeçudo, mas desde os
tempos do grupo escolar havia um chato que não perdoava. Onde quer que o encontrasse, dava-lhe um tapa na cabeça e perguntava:
— Tudo bom, Cabeçudo?
O Cabeçudo, já com seus quarenta e poucos anos, e o outro sempre zombando dele. Um dia, depois do milésimo tapa na sua cabeça, o Cabeçudo meteu a faca no zombeteiro e matou-o na hora. A família da vítima era rica, e a do Cabeçudo era pobre. Não houve jeito de encontrar um advogado para defendê-lo, pois o crime tinha muitas testemunhas. Depois de apelarem para advogados até de outros estados, sem sucesso algum, resolveram procurar um tal de Zé Caneado, advogado que deixara a profissão havia muito tempo, pois, como o próprio apelido indicava, vivia de porre. Não é que o Zé Caneado aceitou o caso? Passou a semana anterior ao julgamento sem botar uma gota de cachaça na boca. Na hora de defender o Cabeçudo, ele começou a sua peroração assim:
— Meritíssimo juiz, honrado promotor, dignos membros do júri.
Quando todo mundo pensou que ia prosseguir a defesa, ele repetiu:
— Meritíssimo juiz, honrado promotor, dignos membros do júri.
Repetiu a frase mais uma vez, e então foi advertido pelo juiz:
— Peço ao advogado que, por favor, inicie a defesa.
Zé Caneado, porém, fingiu que não ouviu:
— Meritíssimo juiz, honrado promotor, dignos membros do júri.
E o promotor:
— A defesa está tentando ridicularizar esta corte!
O juiz:
— Advirto ao advogado de defesa que, se não apresentar imediatamente os seus argumentos...
Foi interrompido por Zé Caneado, que repetiu:
— Meritíssimo juiz, honrado promotor, dignos membros do júri.
O juiz não agüentou:
— Seu moleque safado, seu bêbado irresponsável, está pensando que a justiça é motivo de zombaria? Ponha-se daqui para fora antes que eu mande prendê-lo.
Foi então que o Zé Caneado resolveu prosseguir:
— Senhoras e senhores jurados, esta Corte chegou ao ponto em que eu queria chegar. Vejam os senhores que, apenas por repetir algumas vezes que o juiz é meritíssimo, que o promotor é honrado e que os membros do júri são dignos, todos perdem a paciência, consideram-se ofendidos e me ameaçam de prisão. Pensem então na situação deste pobre homem, que durante 40 anos, todos os dias da sua vida, foi chamado de Cabeçudo!
Cabeçudo foi absolvido, e o Zé voltou a tomar suas cachaças em paz.
Moral da história: Mais vale um bêbado inteligente do que um alcoólatra anônimo!
***